terça-feira, 17 de novembro de 2015

Amordaçada


Privada da liberdade de movimentos
Sujeito-me à bom vontade alheia
Dos que de mim cuidam...
De forma amordaçada.
O computador desapareceu
Onde irei eu escrever e compor?
Não me vendi a nenhum príncipe árabe,
Mas era como se fosse.
Retiraram-me a liberdade, até de pensar!
Eu observo-os, tentando perceber a dinâmica do jogo,
Para depois um dia fugir bem longe das minhas algemas.
As minhas correntes são psíquicas.
Sou alvo de chantagens recorrentes.
Dizem-me que sou doente,
Não tenho capacidade de ser gente.
Querem subornar os guardas
para esses tomarem conta da minha "dose".
Eu, num mundo assim,
Por vezes, vejo-me a pensar em "overdose".



Elisagabriel

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