Elisagabriel conta a história de Rafaela, uma diagnosticada, bipolar ligeira, com tendência depressiva.
Espera em breve escrever a história de Rafaela e Lena (a filha).
Com esta história, pretendo tornar a sociedade mais sensível à depressão e bipolaridade, mais vocacionada para a depressão e também ajudar o "bipolar".
Pretendo que se saiba que a patologia é crónica, pressupõe a toma vitalícia de medicação, a qual poderá ser reajustada (para mais ou menos ao longo dos episódios de vida).
Pretendo lutar contra os preconceitos da "preguiça", "pessoas mais sensíveis, no sentido de fracas por oposição a fortes", e outros rótulos.
-"Quando deixas de tomar a medicação e fazes o desmame?", diz um pessoa a alguém que sofre de bipolaridade; A resposta será nunca, e infelizmente.
Esta é uma resposta que, até é de difícil aceitação ao diagnosticado, pelo que múltiplas vezes, deixará a medicação assim que se sentir melhor, para voltar mais para a frente para uma recaída, na qual terá de aceitar que não pode passar sem a mesma.
Infelizmente todas as medicações têm efeitos colaterais como engordar; ter prisão de ventre; inchaço abdominal; diminuição da libido e por aí por fora.
Hoje existem os anti-epiléticos que também funcionam como estabilizadores de humor e evitam o uso da Lítio (que não funciona com todos, tal como as outras medicações).
A patologia conduz ao acompanhamento psiquiátrico e psicoterapeutico.
A lógica é o "Bipolar" compreender qual o tipo de Bipolaridade em que se enquadra, o tratamento, e como identificar se está a caminhar para uma fase de Depressão ou Mania.
Aceitar o problema é a primeira vitória.
Quando se tem diabetes, ou se aceita e participa na cura e prevenção, em face de uma doença crónica ou se afunda e morre.
Convém também referir que quem sofre de bipolaridade não tem que divulgar o facto.
Trata-se de uma doença de foro genético e com cariz hereditária com a qual terá de viver, até que a morte nos separe, a partir do momento em que a patologia se afirmar.
Existem coisas que só podemos dizer aos nossos (este é uma delas).
Até que um dia, deixe de haver preconceito e ainda não chegamos lá.
Elisagabriel.
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